
Inverno chegara como nunca havia chegado antes, trazendo consigo um tordilhão de sentimentos contraditórios. Dizia-se triste, ao menos sem pronunciar uma palavra. O vi chegar de longe, me trouxe tantos pensamentos que fugi dali. Chegando em casa me deitei sobre minha cama, coloquei a cabeça entre o travesseiro e chorei. Sinceramente, não sabia o que fazer. Tentei achar conclusões sensatas, li e reli sentimentos que não eram meus, te vi em cada um deles e me senti como nunca me pus a sentir antes. Olhando estes sentimentos vi uma certeza ainda incerta, uma alegria incompleta. Mas talvez, você não entenda essa coisa de amor não passageiro. -Respirei fundo- Arranquei uma folha daquele caderno sublime, de um passo à outro escrevi palavras que eram suas, escrevi sobre um amor oblíquo, um sonho de verdade. Escrevi sobre você e os beijos não dados, dos sorrisos em mentes e da saudade esquecida. Escrevi sobre um adeus não dado e vontades escondidas. Escrevi sobre meu amor, de fato. ''Um dia, se alguém te amar um pouco do que eu te amo, será o suficiente para te amar por uma vida''. Lamento mais do que qualquer palavra ou lágrima poderia lamentar, sinto tanto e sinto mais por não poder demonstrar. Em meio a esse desespero continuo rezando por essa junção confusa. Hoje eu não sei o que me deu, mas doeu não te ver aqui, doeu não saber onde você estava e doeu mais ainda não ter ninguém para perguntar. Imaginar seu olhar misterioso, e seu sorriso contente. Imaginar você falando bom dia para alguém e saber que esse alguém jamais será eu. - Então te acalma menina, não desista, as coisas acontecem quando têm que acontecer, acalma e faz tua parte- Vivo cada dia intensamente em pura monotomia, pensando mais em mim, e assim, aos poucos pensando em você - a cada batida do meu coração.
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